terça-feira, 27 de maio de 2014



FORTALECENDO OS VÍNCULOS:  FAMÍLIA X ESCOLA


Elisabete Silveira Castelo branco




Educação humanizada é aquela que favorece condições e ações eficazes à consecução de condutas sociais que primam pelo respeito ao indivíduo em sua natureza constituinte, cuidando para que ele se torne um sujeito autônomo.
Assim, carinho, amor, segurança, proteção são sentimentos imprescindíveis para a formação de uma pessoa, importantes de serem cultivados e demonstrados desde a mais tenra idade. Sendo o diálogo, um elemento importante no cotidiano familiar e escolar, para o fortalecimento das relações interpessoais, e facilitação da interação escola/aluno/família.
Assim, a ação educacional humanizada, é aquela pensada de forma interativa no cotidiano da escola e dos familiares, com propósitos claros, cujo objetivo é contribuir para a qualidade da educação e, em consequência, para o desenvolvimento saudável do ser humano.
Dessa forma, a compreensão do cotidiano familiar dos alunos, bem como, a análise da ação educativa com relação a motivos e finalidades, permite a aceitação das opiniões, sentimentos e ideias, significando pensamentos, sentimentos e visão de mundo.
Compreende-se assim, que a escola, só pode educar verdadeiramente, se contar com a real parceria dos pais.  Faz-se necessário convocar, portanto os pais a darem sua parcela de contribuição em prol do desenvolvimento integral e harmônico de seus filhos.



I. A ESCOLA  (O QUE É A ESCOLA)
Um espaço de realizações que se efetivam especialmente em três dimensões:
v  escola como espaço de humanização das relações:
à trabalha o desenvolvimento do ser humano colocando em lugar de destaque o moral e o social, cuja construção deve ser trabalhada desde a mais tenra idade.
à constrói  coletivamente estratégias para criar uma cultura pela paz, combatendo a violência no ambiente escolar e social.
v  escola como espaço de produção e de trocas culturais
à  mediação entre os indivíduos e a cultura de certas objetivações, como, jogos, esportes, competências educacionais, etc, que  acontecem, pelas interações, ou seja, nas relações cotidianas escolares.
v  escola como espaço de produção de conhecimentos.
à  através do raciocínio crítico a fim de instrumentalizar os indivíduos para que alcancem a autonomia e respondam aos desafios do ambiente, superando e humanizando a realidade enquanto sujeitos de seu conhecimento.

II. PAPEL DA ESCOLA:

v  habilitar seu corpo docente a traçar metas e ações conjuntas para alcançar resultados;
v  trabalhar os valores humanos como prioridade no desenvolvimento dos alunos;
v  respeitar, orientar, motivar e transmitir segurança às famílias;
v  buscar aperfeiçoamento do próprio aprendizado:

III. A FAMÍLIA  (O QUE É A FAMÍLIA)

A família é um núcleo de convivência, unido por laços afetivos, geralmente constituída por pai, mãe e filhos que costuma compartilhar o mesmo teto.
A família é algo como uma semente que necessita de cuidados constantes para crescer e desenvolver-se. Quando casamos, sabemos que, entre outras coisas, temos essa semente que pode germinar e um dia dar fruto: ser uma família de verdade. Devemos, portanto, estar conscientes de que é preciso trabalhá-la e cultivá-la sempre, constantemente, e com muito amor.

III. O PAPEL DOS PAIS 

  • Participar – Estimular e encorajar os filhos, levando-os a sentirem-se competentes como pessoas;
  • Orientar   –  atribuindo-lhes responsabilidades. A benevolência e a proteção desmedidas, resultam em dependência e acomodação; 
  •  Autoridade    – Controlar  as  atividades escolares no sentido de ajudar na tomada das decisões em nome do crescimento intelectual saudável dos filhos.
 
 
Algumas formas dos pais contribuírem para o desenvolvimento do filho: 

  • criando um momento de intimidade com o filho, e construindo uma relação de amizade e confiança;
  • Estimulando nas atividades: mesmo que seu filho encontre alguma dificuldade, ou pareça estar desanimado no meio da atividade, faça com que ele tente se superar, terminando o que  começou
  • Sendo um ponto de referência seguro e amável para o filho, mesmo quando se comporte mal na escola, ou vivencie uma experiência de fracasso, para que ele saiba que pode contar com seu apoio, e não apenas com suas recriminações; 
  • Sendo afetivos e expressando seus sentimentos, mesmo quando tiver que corrigir alguma atitude incorreta;
  • Permitindo que o filho se desenvolva naturalmente e dentro de suas potencialidado evitando comparações e exigências desnecessárias, que só prejudicarão seu desenvolvimento;
  • Amando e permitindo, antes de tudo, que ele se desenvolva integralmente como pessoa.

PARA REFLEXÃO

PATERNIDADE PARTICIPATIVA

 Certo pai  na impossibilidade de se comunicar verbalmente com seu filho,  pois quando ele saía para trabalhar era muito cedo e o filho ainda estava dormindo, e quando voltava do trabalho o garoto já havia deitado, porque era muito tarde. Encontrou uma forma de se fazer presente na vida do filho. Assim, para que o filho soubesse de sua presença, todas as noites quando chegava em casa dirigia-se a seu quarto,beijava-o e dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia, todas as noites. Quando o filho acordava e via o nó, sabia através dele que o pai havia estado ali e o havia beijado. O nó era o elo de comunicação entre eles.

Paternidade participativa implica em que:

  •    Nos preocupemos com nossos filhos, mas é importante que eles sintam, que eles saibam disso.
  •    exercitemos essa comunicação simbólica e encontremos uma maneira própria de mostrar nossa presença e nosso amor aos nossos filhos.

HAJA O QUE HOUVER, EU SEMPRE ESTAREI A SEU LADO

Um homem dizia sempre a seu filho:
- "Haja o que houver, eu sempre estarei a seu lado".
Aconteceu que houve em sua cidade  um terremoto de grande intensidade, que quase arrasou as construções lá existentes na época.
Ao ver o ocorrido, correu para casa e verificou que sua esposa estava bem, mas seu filho nesta hora estava na escola. Correu para lá. E a encontrou totalmente destruída.
Tomado de uma enorme tristeza ficou ali ouvindo, a voz feliz de seu filho e sua promessa. ( não cumprida) ..." Haja o que houver: eu estarei sempre a seu lado".
Seu coração estava apertado e sua vista apenas enxergava a destruição.
Começou a cavar com as mãos. Os outros, também desolados, tentavam afastá-lo de lá dizendo:
- Não adianta, não sobrou ninguém.
- Vá para casa.
Ao que ele retrucava:
- Você vai me ajudar?
Mas ninguém o ajudava, aos poucos, todos se afastavam.
Os policiais,  os bombeiros, tentaram retirá-lo dali, pois viam que não havia chance de ter sobrado ninguém com vida.
Mas ele não esquecia a promessa feita ao filho, a única coisa que dizia para as pessoas que tentavam retirá-lo de lá era:
- Você vai me ajudar ? Mas todos o abandonavam.
Ele trabalhou quase sem descanso, 5 hs / 10 hs / 12 hs/ 22 hs / 24 hs /30 hs...apenas com pequenos intervalos, mas não se afastava dali.
Já exausto, dizia a si mesmo que precisava saber se seu filho estava vivo ou morto. Até que ao afastar uma enorme pedra, sempre chamando pelo filho, ouviu:
- Pai ...estou aqui!
Feliz, fazia mais força para abrir um vão maior e perguntou:
- Você está bem?
- Estou. Mas com sede, fome e muito medo.
- Tem mais alguém com você?
- Sim, dos 36 da classe, 14 estão comigo; estamos presos em um vão entre dois pilares. Estamos todos bem!
- Pai, eu falei à eles:
- Vocês podem ficar sossegados, pois meu pai irá nos achar. Eles não acreditavam, mas eu dizia a toda hora...
- "Haja o que houver, meu pai, estará sempre a meu lado".
- Vamos, abaixe-se e tente sair por este buraco.
- Não! Deixe eles saírem primeiro...
- Eu sei que haja o que houver... você estará me esperando!

Algumas formas dos pais contribuírem para o desenvolvimento do filho:
- Criando um momento de intimidade com o seu filho, e construir uma relação de amizade e confiança; 
- Estimulando nas atividades: mesmo que seu filho encontre alguma dificuldade, ou pareça estar desanimado no meio da atividade, faça com que ele tente se superar, terminando o que começou;
- Sendo um ponto de referência seguro e amável para o filho, mesmo quando se comporte mal na escola, ou vivencie uma experiência de fracasso, para que ele saiba que pode contar com seu apoio, e não apenas com suas recriminações;
- Sendo afetivos e expressando seus sentimentos, mesmo quando tiver que corrigir alguma atitude incorreta. 
- Permitindo que o filho se desenvolva naturalmente e dentro de suas potencialidades, 
evitando comparações e exigências desnecessárias, que só prejudicarão seu desenvolvimento;
- Amando e permitindo, antes de tudo, que ele se desenvolva integralmente como pessoa.


PARA REFLETIR

Educar uma criança é como cultivar uma planta. O Salmo 128:3 diz que nossos filhos são como oliveiras novas.
Plantinhas devem ser cultivadas, regadas e tratadas com muita atenção.
Embora o capim possa crescer sem nenhum problema em qualquer lugar, plantinhas valiosas precisam do nosso cuidado direto. Se receber uma educação qualquer, sem princípios morais, a criança corre o sério risco de se tornar como capim, moralmente inútil.
Se receber uma educação cuidadosa, ela terá tanto valor e utilidade tal qual uma planta, que nasce junto a nascente dos rios e que frutificam no tempo determinado.